sexta-feira, 30 de julho de 2010

1954-2010

António Jorge Peres Feio

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Novo livro de Urbano Bettencourt





QUE PAISAGEM APAGARÁS
– novo livro de Urbano Bettencourt

Encontra-se já disponível no mercado o novo livro de Urbano Bettencourt, Que paisagem apagarás, numa edição da Publiçor.
Que paisagem apagarás reúne uma série de narrativas em parte dispersas por diferentes publicações, algumas delas em suporte electrónico, ao lado de outras ainda inéditas. Ao lado das narrativas mais longas, é possível histórias curtas, especialmente na segunda parte do livro, uma secção com características muito particulares, dada a contenção, quase mesmo a «rarefacção» textual.
Em entrevista concedida ao jornal «Terra Nostra» (2 de Julho de 2010), o autor afirma: «O “Urbano” que aí se pode encontrar é aquele que no interior do próprio livro, e já quase no final, é acusado de “rapinar títulos, versos e até períodos inteiros” dos livros alheios e não pode desmentir isso e acha que a ironia, tal como a caridade, deve começar por casa.»
Nesse mesmo sentido, aliás, se pronuncia Vamberto Freitas, citado na contracapa, que escreve: «Urbano cultiva, desde o início, na sua poesia uma aguda ironia e certo grau de ambiguidade na abordagem do mundo ilhéu açoriano ou mais vastamente português. A sua linguagem poética está decididamente vincada por uma insistente imagística e demais andamentos ora de denúncia da desolação societal, ora de dialogismo entre autores e textos das mais próximas e distantes geografias reais e imaginárias; é a poética de uma dialéctica entre a realidade estática e a fuga através da pura fantasia.”
Que paisagem apagarás tem uma primeira apresentação pública marcada para o dia 30 de Julho, na Biblioteca Municipal de S. Roque do Pico, e no âmbito das festividades do “Cais Agosto”. A apresentação do livro estará a cargo de Carlos Alberto Machado. Mais informo de que a apresentação em Ponta Delgada será na Livraria Solmar no próximo Outono com data a divulgar.

Título: Que paisagem apagarás
Autor: Urbano Bettencourt
Editor: Publiçor
P.V.P: 14 euros

segunda-feira, 26 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

Mau Tempo No Canal na BIS

" Mau Tempo No Canal, publicado em 1944 é agora um dos novos títulos da BIS, colecção de livros de pequeno formato, retrata a sociedade açoriana, em especial a sociedade estratificada da cidade da Horta. Conta a história de um amor entre Margarida Clark Dulmo e de João Garcia e das relações tensas entre as suas famílias. Sobre o livro escreveu David Mourão Ferreira: Não há, no género, obra alguma que se lhe compare na literatura portuguesa deste século; nem há talvez obra romanesca mais complexa, mais variada, mais densa e mais subtil, em toda a nossa história literária." O autor Vitorino Nemésio (1901-1978), nasceu na ilha Terceira. Em 1965 recebeu o Prémio Nacional da Literatura e em 1974 o Prémio Montaigne."

(in) Publico 23 Julho 2010

Mau tempo No Canal de Vitorino Nemésio, Ed. Leya, P.V.P 7.50€

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Prof. Linhares Furtado lança livro na SolMar

Prof. Doutor A. J. Linhares Furtado lança livro Transplantação de Orgãos Abdominais em Coimbra, no proximo dia 29 de Julho, pelas 19h00.
A obra será apresentada pelo Dr. Henrique de Aguiar.
A venda deste livro reverte, na íntegra, para a Associação Nacional das Crianças e Jovens Transplantados ou com Doenças Crónicas Hepáticas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

The Reflecting Pool

George Steiner em The New Yorker



Nesta colectânea de ensaios publicados em The New Yorker, a amplitude e a profundidade dos conhecimentos de George Steiner são, uma vez mais, evidentes, revelando a sua aptidão excepcional para identificar importantes figuras esquecidas da História, como Albert Speer, arquitecto e ministro do armamento de Hitler que passou quase vinte anos na prisão de Spandau, e uma enorme capacidade de reavaliação e questionamento, como a análise pertinente e original que faz da obra 1984, de George Orwell.
Os ensaios de Steiner são proezas de síntese, interpretação, inteligência, e versatilidade, abarcando um amplo espectro: Graham Greene, Borges, Webern, Thomas Bernhard, o xadrez, Celine, Cioran, Canetti, Brecht, Anthony Blunt (historiador de arte britânico e espião soviético), e muitos outros. O volume encontra-se organizado tematicamente: história e política, escrita e escritores, pensadores e estudos de vidas.
George Steiner em The New Yorker, Ed. Gradiva, 2010.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Complexo de Portnoy

Philip Roth/Nicola Jennings 2008

Pina Bausch Ensaio Biográfico



“Quantas memórias cabem num gesto? Quantos sorrisos são promessas de beijos? Quantos abraços ameaçam de morte um corpo? O palco enchia-se de vida. «A vida toda lá dentro», dizia Pina Bausch. Durante muitos anos, foi uma vida de sentimento, à beira do abismo, da queda, da agressão, do sofrimento, do desespero, da ausência. E uma perturbadora estranheza. Como um sonho. Mas um sonho muito humano.”
Claudia Galhós

Pina Bausch, Ensaio Biográfico, Claudia Galhós, Ed. D.Quixote.

Navegação Ponto por Ponto

Gore Vidal
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Navegação Ponto por Ponto é um livro de memórias inteligente e elegante. Vidal começa com pequenas observações que crescem até ascenderem à sua devida grandiosidade. Um livro fluente, carregado de humor, simples, mas nunca simplista, vivo e glamoroso. Um livro de memórias imperdível.


“Ao contrário do que muitos acreditam, a fama literária nada tem a ver com a excelência ou com a verdadeira glória ou até mesmo com a posição de um escritor no programa do departamento de inglês de uma universidade, por si tão remoto da Ágora como o caminho sombrio da Academia. Para qualquer artista, a fama é até que ponto agora acha interessante a sua obra mais recente. Se o que ele escreveu só é conhecido de alguns outros praticantes ou de entusiastas (Faulkner comparava os amantes de literatura a criadores de cães, poucos em número, mas loucamente apaixonados por características individuais), então o artista não só não é famoso como é irrelevante para a sua época, a única época que tem; nem pode sonhar com leitores ávidos séculos mais tarde, como Stendhal. Se os romances e os poemas não interessam à Ágora hoje, por volta do ano de 3091 tais artefactos já não existirão, excepto como objectos de curiosidade monástica. Isto não é uma coisa boa nem é má. É simplesmente uma coisa não famosa.”

Navegação Ponto por Ponto, Memórias 1964-2006, Gore Vidal, Ed. Casa das Letras.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dave Eggers


O que Dave Eggers encontrou na lama deixada pelo Katrina, e que deu origem a Zeitoun, é a história de carne e osso de uma única família que ele conta acertando em mais alvos e com maior vigor do que aqueles que atacaram os gigantes temáticos e históricos desta catástrofe. O resultado é grande narrativa de não-ficcional. Zeitoun é o nome, portanto, da família no meio da tempestade. E Abdulrahman Zeitoun é um americano-sírio de meia-idade, marido de Kathy, oriunda de uma família baptista do Sul, pai de quatro filhos e dono de uma empresa de pintura para a costrução civil. Zeitoun trabalha e cuida dos seus, na América e na Síria, e é um vizinho exemplar.Quando a tragédia se abate, e Kathy está a salvo com os filhos em Baton n Rouge, Zeitoun fica para trás, em Nova Orleães, a pretexto de olhar pelo que é seu. Nesse momento não sabe ainda que a sua permanência terá um desígnio maior e que, dia após dia, remará a sua canoa pela cidade submersa salvando dezenas de pessoas.

Zeitoun de Dave Eggers, Ed. Quetazl.