sábado, 30 de maio de 2009

Queremos ir para Bruxelas




Bruxelas capital da Banda Desenhada, onde basta sair à rua para encontrar o mundo aos quadradinhos, com os famosos murais gigantes espalhados pela cidade, prestando homenagem aos mais importantes autores da BD Belga. Tintin, Spirou e muitos mais heróis nasceram na cidade com mais livrarias e museus dedicados à nona arte. É inaugurado dia 2 de Junho, com dois anos de atraso sobre a data desejada, já que o centenário do nascimento do criador de Tintin se celebrou em 2007. O Museu Hergé foi projectado pelo arquitecto francês Christian De Portzamparc (Prémio Pritzker), vai dar a conhecer o homem, o autor, a sua obra e a sua vida.
No mesmo dia abre as portas o novo Museu Magritte, que reúne a maior colecção de obras do mais destacado pintor surrealista belga.
Nos próximos dias todos os caminhos vão dar a Bruxelas. Que jeitinho dava ser Eurodeputado.




sexta-feira, 29 de maio de 2009

Serralves em Festa

20 ANOS DA FUNDAÇÂO
10 ANOS DE MUSEU
3 955 000 Visitantes em duas décadas, virtuais são mais de 54 milhões.Os números falam por si deste grande caso de sucesso na cultura portuguesa.
Musica, dança, acrobacia, performance, teatro, novo circo, cinema, vídeo, fotografia, oficinas, visitas orientadas e exposições ocupam as 40 horas de Serralves em festa. Comemora-se com mais de 400 artistas em cerca de 200 espectáculos esta festa Non - Stop.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Português Assina Capa da New Yorker


Jorge Colombo, ilustrador e designer português assina capa da New Yorker, utilizando uma aplicação de um telemóvel, em que o visor de transforma numa tela e o pincel é o dedo do utilizdor. As imagens digitais assemelham-se a uma pintura impressionista.

Isolda

A história de Tristão e Isolda é uma grande lenda europeia que se transmitiu originalmente de forma oral. Os primeiros manuscritos datam dos séculos XII e XIII, a versão de Gottfried Von Strassburg é geralmente considerada como a “clássica”, tratando-se de uma das obras literárias mais importantes da idade média. Esta poderosa história possui particularidades que não poderão deixar de espantar um leitor moderno. O amor de Tristão e Isolda é belo pelo sofrimento e pela renúncia que implica. O sentimento que professam requer impedimentos e resistências, é necessário padecer para poder amar, só desta forma o amor provoca dor e se converte em paixão. Nada acaba mais rapidamente com o amor do que a sua consumação. Tristão e Isolda realizam o sacrifício da pureza voluntariamente assumida para que o seu amor sobreviva.
O sofrimento suportado de forma passiva, explica a proximidade entre amor e morte, é tão inútil resistir à morte como ao amor. Um símbolo como poder do destino, é algo que simplesmente acontece e, portanto, não somos responsáveis por nos apaixonarmos. A sua história fascinou, inspirou e foi objecto de veneração de poetas, artistas e compositores.
Wagner nos anos 1857-59 compôs Tristão e Isolda, que foi a sua obra mais transgressora do ponto de vista musical. O compositor teve uma apaixonada relação com Mathilde Wesendonck, a mulher do seu anfitrião, uma relação por certo não consumada, pois a sua concretização teria destruído o sonho e prejudicado a composição de Tristão e Isolda, essa suprema glorificação do amor. Uma ópera plena de intensidade, sensualidade e colorido orquestral.
A companhia Nacional de Bailado apresenta, de 28 de Maio a 5 de Junho, no Teatro Camões, “Dançar os Clássicos”. Olga Roriz coreografou Isolda, um ballet operático a partir do livro, e da ópera de Wagner.
Lançamos aqui o repto aos programadores locais.

domingo, 24 de maio de 2009

Palma de Ouro para João Salaviza

"Arena", a curta do jovem realizador João Salaviza ganha Palma de Ouro em Cannes, um dos festivais de cinema mais importantes.
A unica película portuguesa em competição, conta em 17 minutos a história de um rapaz que está em prisão domiciliária.

Vamberto Freitas e o Livro

" Não os acho baratos, e sei das dificuldades financeiras que vivemos neste momento. Mas também sei que a lei do mercado mais não permite. Nunca ouço ninguém queixar-se do preço dos CDS, ou do preço do whisky ou da cerveja. E as livrarias fazem o que podem para facilitar a leitura de todos. Mesmo numa ilha como a nossa, existem as feiras do livro. A Livraria SolMar, poiso tradicional e acolhedor dos escritores açorianos, tem desde há semanas mesas e mesas cheias da melhor literatura nacional e mundial, em edições de grande prestígio, a preços bem acessíveis a quem tiver vontade de ler. Sei que as livrarias concorrentes fazem o mesmo, quando lhes é possível. Tenho uma sugestão para os meus colegas: no lançamento de livros, não ofereçam, e proíbam os editores de oferecer um só livro. Quem recebe são na maior das vezes quem os pode comprar, e deve comprar se quiser ler. Se as instituições públicas querem oferecer livros, mesmo na ausência de qualquer critério, que compensem devidamente os autores. Sendo mesmo um gesto meramente simbólico, valoriza o trabalho e talento de quem os escreve. Um jantar e um Porto não chegam. E quando subsidiam a publicação de um livro, não nos fazem favor nenhum, é a sua obrigação cívica motivar a publicação de bons livros, os arquivos da nossa memória colectiva. Os dinheiros são do erário público. Favorecer uns em detrimento de outros é pura e simplesmente um acto corrupto, logo condenável. Não digo que aconteça todos os dias, mas acontece mais do que deveria. Sei, como o sabem muitos outros escritores da nossa terra."

Vamberto Freitas ao Jornal Terra Nostra 22 Maio 2009

Goode-Bye Johnny Guitar

A Cinemateca Portuguesa despede-se de João Bénard projectando numa última homenagem, Johnny Guitar de Nicholas Ray, o filme dos filmes da vida do Senhor Cinema Português.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MUDE JÁ



Francisco Capelo disse MUDE e tudo começa a mudar, na baixa de Lisboa, amanhã 21 Maio, o Museu do Design e da Moda.
Ir aos museus ajuda a criar um vínculo com qualquer coisa que permanece. É importante que os museus não fiquem escravos obsessivos da mudança porque é esse o ritmo dos tempos. A forma como estes mostram o que permanece é que deve ser excitante, comunicar energia.”

O Perfume

Realizado por Jean-Pirre Jeunet e protagonizado por Audrey Tautout no principal papel, o anúncio rodado em Paris e em Istambul, conta a história dos desencontros e das coincidências entre um homem e uma mulher que viajam num comboio nocturno e que se apaixonam perdidamente. Inebriado pelo aroma do perfume dela, a atracção vai crescendo pela noite fora, num clima de paixão aquecida pela mítica fragância. Ao chegarem ao seu destino voltam a desencontrar-se mas o acaso brinca com eles ao cruzarem-se ao longe. O filme publicitário do perfume Chanel nº5 culmina num reencontro romântico, e o casal pode finalmente celebrar a sua paixão.
Invisível, evanescente, impalpável, inebriante, o perfume e a arte tem elos com o divino.

domingo, 17 de maio de 2009

Kind of Blue

1959 foi um ano em cheio que funcionou como um preâmbulo para a década transcendente do Jazz; os anos 60. A eleição de John F. Kenendy e o fim do reinado republicano, ambiente propício a uma autêntica explosão de criatividade no jazz.
Comemora-se 50 anos dessas obras-primas inspiradoras, toda a escola Blue Note no seu esplendor mostrava a sua força e o génio das suas composições. Porém todo o destaque vai para o cinquentenário de “Kind of Blue”, de Miles Davis, com John Coltrane, Adderley e Bill Evans. Gravação histórica que marca a transição do Hard Bop para o Jazz Modal. Esta música nasceu numa época em que o movimento dos direitos civis e as raízes da negritude social, tinham repercussão no jazz. É agora possível comemorar este mítico encontro de mestres em 2009, ano da eleição do presidente democrata Obama. Espera-se ao som de “Kind of Blue” novamente um tempo de inspiração e criatividade nas artes.
Play it again Miles.

O Regresso


A editora Random House anunciou a saida do novo livro de Dan Brown que se chamará The Lost Symbol, com data para 15 de Setembro de 2009.
A primeira edição em inglês terá uma tiragem de 6,5 milhões de cópias, a maior primeira edição da história da Random House.
O escritor Dan Brown que está traduzido em 51 línguas a propósito do seu novo livro disse:
“Este romance foi uma estranha e maravilhosa jornada. Tive cinco anos de pesquisa para uma história que se passa em apenas 12 horas, foi um grande desafio. A vida de Robert Langdon’s é claramente mais rápida do que a minha”
Espera-se para Outubro a edição portuguesa e deveria chamar-se “Para acabar com a Crise.”

sexta-feira, 15 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Espuma dos Dias


Cinquenta anos após a morte do romancista Boris Vian, Espuma dos Dias sua obra- prima, é considerada até hoje um dos mais pungentes romances de amor.
Aqui veremos Chloé morrer com o desgaste de um nenúfar nos pulmões e Colin arruinar-se para lhe comprar flores caríssimas, destinadas a combater o esplendor mortífero e solitário da sua doença que bem mais recorre à florista do que à farmácia.
Boris Vian nos cafés de Paris em Saint-Germain-des-Prés com Duke Ellington tocou e cantou Jazz, e no Le Procope encontrava-se com Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, marcando uma época. A sua vida jazzy durou como um sopro de um trompete, deixando-se de ouvir aos 39 anos.

“ Na vida, o essencial é fazerem-se juízos a priori sobre tudo. Com efeito as massas erram, como é evidente, e os indivíduos têm sempre razão. A tal respeito, é forçoso abstermo-nos de deduzir regras de conduta: para serem seguidas não devem ter necessidade de ser formuladas. Só existem duas coisas. O amor de todas as maneiras, com raparigas belas, e a música de Nova Orleães.”

sábado, 9 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Planalto e a Estepe


Nasce um amor proibido do encontro entre um estudante angolano e uma jovem mongol, nos anos 60, em Moscovo.
Baseado em factos verídicos, mas ficcionados por Pepetela, esta história põe em evidência a vacuidade de discursos ideológicos e palavras de ordem, que se revelam sem relação prática. Amor, solidariedade, guerra numa viagem que liga um ponto perdido da África à Ásia, passando pela Europa e até Cuba.
Mas este é um romance sobre o triunfo do amor, contra todas as vontades e todas as fronteiras.
Uma edição da Dom Quixote.

Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941, licenciou-se em sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro pelo MPLA, político e governante. Desde 1984 é professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda.
Destaque para a atribuição do Prémio Camões em (1997), confirmando a sua importância na literatura lusófona.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nostalgia


Em 2010 a cores pelas estradas dos Açores
uma boa iniciativa da DRAC.

Vasco Granja 1925/2009

Segredos

Escritos Secretos (editado pela Bertrand) do irlandês de Sebastian Barry, finalista do Booker Prize no ano passado e igualmente vencedor do Costa Award, é daqueles romances cujas imagens ficarão no nosso consciente.
Uma senhora de 100 anos, aprisionada há sessenta num hospital psiquiátrico por causa de uma vingança, começa a recapitular a sua vida na sangrenta Irlanda do século XX. Escondendo o que escreve debaixo das tábuas do soalho, enquanto que seu médico assistente responsável pela instituição, escreve diariamente o drama de ter de escolher os velhos que irá desalojar porque o hospício será demolido e o novo albergará muitos menos.
Ao contrário dos livros que nos fazem correr sofregamente até ao seu desfecho, este é daqueles onde se está por gosto, em cada frase e se deixe que cada página acrescente algo à nossa vida.